8 de março – um novo Dia Internacional das Mulheres

Não é de hoje que grupos e equipes, dentro da espeleologia, vêm sendo desafiados a repensar o valor e o lugar da mulher num ambiente predominantemente masculino. Capacetes cor-de-rosa não simbolizam necessariamente a luta pela urgente mudança no comportamento da sociedade no que diz respeito ao reconhecimento às conquistas por elas alcançadas.

A Seção de Espeleorresgate da SBE (SER) tem se esforçado para quebrar paradigmas e comemorar a data sob uma ótica muito mais reflexiva que festiva. Afinal, muito já foi alcançado, mas ainda existe uma longa estrada a ser percorrida para garantir que as próximas gerações de mulheres espelorresgatistas encontrem um caminho mais respeitoso e seguro.

A comunidade espeleológica rende lindas homenagens às mulheres nas datas comemorativas, mas é certo que cada uma delas deseja, muito mais que qualquer homenagem, ser reconhecida e respeitada em seu local de atuação. Então, o desafio vale para todos os espeleólogos e espeleólogas, no sentido de refletir sobre as dificuldades por elas enfrentada s e assumir a responsabilidade de lutar junto a elas para que alcancem um ambiente mais leve e receptivo.

Na rotina do dia a dia que elas provam seu valor. Cada treino, cada simulado, cada processo de criação, de organização ou cada boa ideia para alavancar o espeleorresgate no Brasil, leva o cuidado e atenção dessas profissionais que hoje ocupam 12% do total de resgatistas da SER.

Além da crescente participação delas no Curso Básico de Espeleorresgate, o curso avançado de Gestão em Espeleorresgate expôs, mais uma vez, a capacidade e a importância das mulheres no cenário espeleológico técnico, além de contribuir para uma aproximação de todas as mulheres ao espeleorresgate. E mais do que isso, mostrando como a integração de mulheres e homens pode transformar a seção num lugar cada vez mais coerente com a realidade que o mundo necessita.

No Dia Internacional da Mulher, a SER deseja que todas as mulheres da espeleologia e fora dela sejam respeitadas e valorizadas em seus respectivos locais de trabalho, no lar ou em qualquer outro ambiente que estejam.